Preocupada com a disseminação do coronavírus, Prefeitura de Caeté suspende reabertura de atividades pelo prazo de 30 dias.
Decreto fecha novamente os setores de comércio e serviços em Caeté.
Está suspensa, a partir de amanhã (10), pelo prazo de 30 dias, a Fase UM (Anexo II) do Decreto Nº 98 que regulamenta a reabertura gradual das atividades de comércio e serviços na cidade de Caeté. Decisão foi divulgada no Jornal Oficial da cidade por meio do Decreto Nº 142.
Com a medida, os estabelecimentos e atividades que têm seus alvarás de funcionamento novamente suspensos são:
Artigos de bomboniere e semelhantes;
Artigos de iluminação;
Artigos de cama, mesa e banho;
Utensílios, móveis e equipamentos domésticos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e equipamentos de áudio, vídeo e informática;
Tecidos e armarinho, lojas de roupas e calçados;
Artigos de tapeçaria, cortinas e persianas;
Produtos de limpeza e conservação;
Artigos de papelaria, livraria e fotográficos;
Brinquedos e artigos recreativos;
Bicicletas e triciclos, peças e acessórios;
Cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
Veículos automotores;
Peças e acessórios para veículos automotores;
Pneumáticos e câmaras-de-ar;
Comércio atacadista da cadeia de comércio varejista da fase 1;
Cabeleireiros, clínicas de estética, manicure e pedicure.
Importante: Os estabelecimentos estão autorizados a funcionar para recebimento de créditos devidos por clientes desde que adotem as medidas sanitárias devidas para o combate ao coronavírus.
O descumprimento do decreto pode resultar em advertência, multa, interdição parcial ou total do estabelecimento, cassação do alvará de funcionamento e fechamento imediato do estabelecimento.
A medida foi adotada pelo governo ao considerar as análises sistemáticas dos indicadores epidemiológicos e de capacidade assistencial da Microrregião de Saúde BH/Caeté/Nova Lima, que tem hoje 91% dos leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19 ocupados, segundo boletim da Prefeitura de Belo Horizonte do dia sete de julho.
Novos casos têm números mais elevados no interior do que na capital mineira e já alcançam quase 200 municípios no estado.
Interiorização do coronavírus foi prevista por Secretarias de Saúde.
Levantamento mostra que o número de notificações de casos da Covid-19 no interior está 7 vezes mais acelerado que na capital mineira. A soma dos casos confirmados da doença nos 34 municípios que fazem parte da região metropolitana de Belo Horizonte já foi ultrapassada pela soma de casos registrados nas cidades do interior de Minas.
A Secretaria de Estado de Saúde já previa essa interiorização da pandemia já que a região metropolitana recebe trabalhadores de vários municípios que podem residir ou não na região em que trabalham. Isso faz com a circulação do vírus seja bem maior em termos territoriais.
Cidades interioranas, como Divinópolis, na região Centro-Oeste, já estão sofrendo com o crescimento dos casos. O município está com 48% dos leitos de UTI ocupados por pacientes diagnosticados com a Covid-19. Assim também acontece em Juiz de Fora, na Zona da Mata, que tem 84% dos leitos já comprometidos.
A interiorização do coronavírus é realidade em todo o país. Uma pesquisa da Fiocruz, com dados do IBGE, mostra que 44% das pequenas cidades, entre 20 e 50 mil habitantes, já possuem casos da Covid-19. Já um levantamento do Portal G1, com dados das Secretarias de Saúde do mês de abril, apresenta um crescimento no número de casos – de 361 para quase 10 mil – e mortes – de 14 para 662 – em cidades com até 100 mil habitantes.
Esclareça dúvidas a respeito do Novo Coronavírus e da doença provocada por ele, a Covid-19.
Representação do Novo Coronavírus descoberto na China no final de 2019.
Emergência de saúde internacional: assim a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou a epidemia do Novo Coronavírus. A entidade reconheceu que o vírus representa um risco não apenas para a China, mas para todo o mundo e que deve ser encarado como uma situação séria por todas as nações.
O que é?
O Coronavírus é apenas uma cepa de uma grande família viral chamada Coronaviridae, descoberta em meados de 1960, que causam infecções respiratórias leves a moderadas, em humanos e animais, semelhantes a um resfriado comum. Alguns desses vírus podem provocar doenças graves e até epidemias com importantes impactos em termos de saúde pública.
O Novo Coronavírus, responsável pela epidemia atual e causador da doença Covid-19, assim nomeada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foi identificado na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei – China, no final de 2019. Onde Covid-19 tem assim sua significação: “co” de corona, “vi” de vírus e “d” para doença, sendo “19” o número que representa o ano de sua aparição.
Quais são os números do Coronavírus no mundo?
Até o momento o vírus já infectou mais de 90 mil pessoas em todo o mundo e matou mais de 3,1 mil. A maioria das mortes ocorreu na China, mas a Covid-19 matou pessoas também nas Filipinas, Hong Kong, Taiwan e França. Mais de 48 mil pessoas infectadas estão em recuperação.
Além da China, o Coronavírus está presente na Tailândia, Japão, Singapura, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Macau, Malásia, Estados Unidos, França, Alemanha, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Canadá, Itália, Rússia, Finlândia, Suécia, Vietnã, Camboja, Finlândia, Índia, Nepal, Filipinas, Espanha, Suécia, Sri Lanka, Reino Unido, Egito e Bélgica.
O Coronavírus chegou ao Brasil?
Sim. Segundo o Ministério da Saúde, existem 8 casos de Coronavírus confirmados no Brasil, sendo 6 deles em São Paulo, 1 no Rio de Janeiro e 1 no Espírito Santo. O país ainda tem 636 casos suspeitos com maior incidência nos estados de: São Paulo (182), Rio Grande do Sul (104), Minas Gerais (80) e Rio de Janeiro (79).
Como prevenir o contágio?
Poucas são as informações a respeito das formas de propagação do vírus, mas é sabido que é transmitido com facilidade. Como medidas preventivas, deve-se evitar viagens para Wuhan eregiões, além de outros locais em que possam haver possibilidade de surto emergente.
Entre outras medidas orientadas pelo Ministério da Saúde no intuito de reduzir o risco de contágio e transmissão de infecções respiratórias em geral, assim como o do Novo Coronavírus estão:
evite locais aglomerados e o contato muito próximo com as pessoas;
evite o contato com pessoas com infecções respiratórias agudas;
cubra nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar (não esqueça de descartar o material em local adequado);
procure não tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca;
utilize máscaras que cobrem boca e nariz, dependendo da localidade em que estiver;
não compartilhe objetos de uso pessoal, como exemplo: copos, pratos, talheres, garrafas e toalhas;
lave as mãos frequentemente, principalmente após utilizar transportes e estabelecimentos públicos, ao comer e ao visitar pessoas doentes;
evite o contato próximo com animais selvagens e animais ou criações doentes;
mantenha os ambientes bem ventilados.
Atenção quanto ao uso de álcool 70%, água sanitária, detergente e sabão, porque esses produtos podem matar o coronavírus.
Quais são os sintomas e o tratamento para a Covid-19?
Os sintomas incluem: febre, tosse, insuficiência renal e dificuldade para respirar. Dores no corpo, congestionamento nasal, inflamação da gargante e diarreia são outros possíveis sintomas.
Não existe medicamento específico para o tratamento do vírus e são receitados: analgésicos e antitérmicos, repouso e hidratação. Também são utilizados umidificadores de ar e banhos quentes para alívio na dor de gargante e tosse.
Existe vacina contra o Novo Coronavírus?
Cientistas, universidades e centros de controle buscam uma forma de neutralizar o Novo Coronavírus e até o momento não existe vacina.
Qual é a taxa de mortalidade pelo vírus?
Segundo pesquisadores e autoridades da saúde, a Covid-19 causa sintomas respiratórios mais leves e é menos letal, comparada a outras enfermidade de mesma classe, já que a maioria dos óbitos ocorreram em indivíduos com outras doenças associadas. Somente 5% dos casos são considerados graves e 80% leves.
A taxa de mortalidade está em torno de 4%, sugerem os especialista que temem que o vírus possa se tornar mais perigoso e mortal. A OMS (Organização Mundial da Saúde) e as autoridades preocupam-se com o possível processo de mutação, em que ainda encontra-se o vírus, e na falta de mecanismos de defesa do nosso próprio organismo para combatê-lo.
